segunda-feira, 12 de novembro de 2012

FÁBRICA CYRILLA DE BEBIDAS LTDA.

 Cyrilla é coisa nossa! (  Tenho na lembrança  que esse foi  um slogan dos produtos Cyrilla.)

A Fábrica Cyrilla de Bebidas Ltda é uma das empresas pioneiras de Santa Maria. Fundada em 20 de setembro de 1910 pelo químico alemão Ernst G. Geys e o caixeiro viajante Frederico A. Diefenthaler, produzia vários tipos de bebidas.
O processamento do xarope do fruto do guaraná iniciou-se no Brasil em 1905 por Luiz Pereira Barreto, um médico da cidade de Resende, Rio de Janeiro. Em 1906 foi lançado pela F. Diefenthaler, (primeira razão social da Cyrilla), o Guaraná Cyrilla.

Veja bem, que somente em 1921, foi lançado o Guaraná Champagne Antarctica.

Recentemete o prefeito anunciou que a fábrica será reaberta por empresários de Santa Maria  e que a reativação estava prevista para  o final de 2012.
Quem tem vinte anos nem lembra mais da marca, que começou a desaparecer no final dos anos 80. Era o “refri” oficial das festinhas de aniversário de quem  ta beirando hoje os 40.  Ainda lembro que assim como os balões ( que aguardávamos até o fim da festa pra levar pra casa...ehehe)  refrigerante nas festinhas era um diferencial. Então dá pra sacar o status que era servir uma Cyrilla nos anos 70 (auge da marca).

O refrigerante centenário de Santa Maria, ameaça um revival. Será que conseguirá reflitir o atual “estado da arte”, a tecnologia, a evolução dos gostos e das preferências dos homens e das mulheres consumidores nesse novo tempo? Creio que não será possivel  que tenha vida longa se tem como estratégia apenas  sintetizar a gama dos aspectos simbólicos do passado (que  supostamente o vinculariam à  preferencia do consumidor local).
Será preciso transcender esses atributos e se diferenciar não pela apenas pela memória.  Dificil tarefa para o marketing :ter que mos­trar um pou­co da his­tó­ria da so­cie­da­de de con­su­mo que somos , tra­zen­do-nos também frag­men­tos de nos­sa pró­pria história  pas­sa­da. A Cyrilla ressurgirá em mercados globalizados que somente se apóiam no futuro e sem nenhum compromisso com produção - identidade.
















Quando o Brasil entrou na II Guerra Mundial, os departamentos de registro do Estado Novo determinaram que a expressão “Indústria Brasileira” deveria ficar acima de quaisquer outros dizeres nos rótulos dos produtos, até mesmo da marca.
O vermute Amanti, da Cyrilla, trazia estampado com destaque o fato de ser fabricado segundo o sistema de Torino. O nome daquela cidade italiana, num oval que aparecia nos rótulos desde o início do século, foi substituída pela marca Cyrilla.










A Cyrilla (foi) e (será?) coisa nossa.  Achei que valia a pena re­cor­dar.

Um comentário:

  1. Estão dizendo que reabrirá em 2014... Está confirmada essa notícia? Espero que sim... Veja: http://www.blogdomazzarino.com.br/variedades/sera-criado-um-museu-interativo/

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